segunda-feira, fevereiro 13, 2012

UM PASSEIO DE CAMPEÃO (22 MARÇO 2011)

1- Custa-lhes muito ouvir isto, mas é tão verdade que até dói: este foi dos campeonatos mais fáceis alguma vez ganhos pelo FC Porto ou por Benfica ou Sporting ou qualquer clube por esse mundo fora. Houve apenas uma altura, cerca de mês e meio, entre Dezembro e Janeiro, que o FC Porto, desfalcado de Alvaro Pereira e Falcão, abanou, enquanto o Benfica subia. Mas, por sorte, esse período coincidiu com a ausência de jogos europeus e teve poucos e fáceis jogos para o campeonato, pelo que a factura foi paga apenas na Taça de Portugal e Taça da Liga. Retomada a normalidade, a seis jornadas do fim, falta-nos apenas uma vitória para sermos campeões. Treze pontos de avanço sobre o segundo, 29 sobre o terceiro, 22 vitórias e dois empates em 24 jogos, apenas 8 golos sofridos e 56 marcados, a melhor defesa, o melhor ataque, o melhor marcador. A quarta melhor equipa da actualidade (CNN dixit), o principal favorito, segundo as casas de apostas e a imprensa espanhola, à conquista da Liga Europa (10 vitórias, 1 empate e 1 derrota em doze jogos). É preciso uma imensa, uma despudorada desonestidade intelectual, para contestar o mérito deste campeonato. E, por isso mesmo, é que os nossos campeonatos, têm sempre um duplo sabor a vitória: porque é mais uma conquista para o nosso clube e mais uma derrota para o clube dos invejosos e maledicentes. São vitórias destas, contra a inveja, o despeito e a calúnia, de que o país precisa como exemplo para definitivamente cair em si e mudar de rumo. Para passar a dar mérito a quem o tem, ao trabalho, ao talento, ao esforço, e deixar de premiar os que se acham com direito incontestável a tudo, apenas porque no passado ganharam duas Taças dos Campeões Europeus ou descobriram o caminho marítimo para a índia.

O FC Porto é o maior caso de sucesso, individua ou colectivo, que Portugal protagonizou nos últimos trinta anos. Não cabe na cidade que o viu nascer e cujo presidente de Câmara tudo fez para lhe criar problemas e tanto sofre com as suas vitórias, e não cabe no país de que uma grande e invejosa parte vive a tentar diminuir o seu sucesso e difamá-lo mesmo além fronteiras. Paciência, embrulhem mais este! E registem o que escrevo: não hei-de morrer sem ver o FC Porto ultrapassar o Benfica em número de campeonatos conquistados. Em conhecimento, prestígio e número de títulos internacionais, de há muito que ultrapassámos a marca Benfica. Só falta consegui-lo aqui, mas já faltou bem mais.



2- Agora, com mais um campeonato brilhantemente conquistado, restam as tarefas seguintes e que não são poucas, todavia: acabar o campeonato sem derrotas; virar os 0-2 do Dragão para a Taça de Portugal num 3-1 na Luz; e seguir em frente, até ao limite, na Liga Europa. São sonhos a mais, uma tarefa impossível, eu sei. Mas o que importa é continuar a ter objectivos de vitória e acredito, sim, que esta equipa nunca irá adormecer à sombra do que já conquistou este ano: a Supertaça e o Campeonato. E, depois, há ainda os juniores e o hóquei, o basquete, o andebol. As alegrias não acabam aqui.

3- Palavra, que me custa falar do Sporting e nunca o faço mais do que duas, três vezes, por ano. Por um lado, porque nunca é muito elegante bater em mortos ou moribundos; depois, porque eles são muito susceptíveis, ofendem-se com pouco e, como escreveu o Cesare Pavese, mesmo que possam estar mortos, ainda não o sabem. E não convém dizer-lhes, assim, à bruta.

Há meses, expliquei aqui, delicadamente, esta minha tese da morte iminente, conjuntural e estrutural, do Sporring. Conjuntural, porque, como escrevi, quem quer que perceba um mínimo de futebol olha para aquela equipa e não se pode espantar que esteja a uns espantosos 29 pontos do primeiro lugar: só pode espantar-se é que esteja em terceiro lugar — o que só demonstra como o nosso campeonato é bipolar até ao extremo. Quanto à morte estrutural, não vou agora repetir-me, mas deriva da própria morte lenta a que o Sporting tem sido submetido ao longo de duas décadas, por erros próprios gritantes: a eterna lamúria dos árbitros que sempre serviu para disfarçar os fracassos internos, a atitude de aristocrata que nada precisa de aprender, a pressa em desfazer-se de alguns grandes jogadores formados na academia, o inacreditável estádio que afasta espectadores em lugar de os chamar e os tios-gestores que, regra geral, nada percebem de futebol mas acham-se com um direito de berço a dirigir o clube. Enfim, um clube que nunca teve a humildade para parar e olhar-se ao espelho. Claro, que é sempre possível, como então escrevi, que aconteça um milagre, que algum sheik do petróleo ou patrão da máfia russa resolva apaixonar-se pelas camisolas verdes às riscas ou por aquela espécie de tenda de circo em betão armado, e decida investir ali uns milhões a perder de vista. Talvez isso pudesse, com critério, sorte e paciência, levar à formação de uma grande equipa de futebol. Mas uma boa equipa não chega para fazer um campeão habitual e muitos milhões não chegam para ressuscitar um clube que perdeu a base social de apoio, a capacidade de atrair os jovens e a cultura de vitória. Demoraria uma geração a começar a reconstruir o que se deixou destruir aos poucos.

Lamento dizê-lo, mas esta campanha eleitoral do Sporting, com tantos e tantos candidatos declarados e outros frustrados, em vez de me fazer prova de vida dessa moribunda instituição, antes me confirma que os sinais vitais são mais do que débeis. A abundância de candidatos quer apenas dizer que aquilo está à mercê de qualquer um. Basta dizer que se tem um «fundo», que se reuniu com os bancos e já se falou com o José Maria Ricciardi, que se tem um treinador de «créditos firmados» (como o Van Basten, sem curriculum algum, ou o Scolari, com um curriculum de fiascos e prima-dona até dizer chega) e que se reuniu algumas velhas glórias do clube para fazerem não se sabe o quê, e eis um candidato a presidente do Sporting. Não precisa de entender nada de futebol nem de gestão, nem sequer ter um cadastro limpo e ao nível da fidalguia reclamada. Como, antes de mais, é de dinheiro que se trata, o que interessa é acenar aos sócios com milhões caídos do céu — ou da máfia angolana, ou da russa, ou dos negócios com o Estado, ou da família. Os poucos que não conseguem inventar uma mina de ouro, sustentam que o principal é começar pelos títulos conquistados: logo depois, chegarão as multidões de adeptos e os milhões dos «investidores»: piece of cake. Todos têm um director desportivo consagrado, jogadores de topo já assentes mas que não se podem ainda comprometer publicamente (até o fantasma do Adriano!), e têm um «projecto», um «levantamento», um «estudo», para problemas, que nào parecem ser assim tão graves pois que todos declaram igualmente que não é a dívida à banca que impedirá o Sporting de ser campeão já para o ano. Parece fácil, não é?

Talvez, admito que sim, que eu esteja a ser injusto. Deve haver ali alguém com algumas ideias aproveitáveis, só que, com tão inflamado sportinguismo, tantos ataques mútuos e fratricidas e tanta conversa de treta para incautos, torna-se difícil de o descortinar. Mesmo o juiz (caramba, o juiz desembargador!) sai-se com pérolas destas: «comigo, árbitro que cometa erros grosseiros contra nós, leva logo com um processo-crime!». Ora vejam para o que serve um juiz à frente de um clube de futebol! O meu medo, confesso, não é de o ver à frente do Sporting: é de me ver a mim em frente a um tribunal presidido por ele». Dessa nem o Rui Gomes da Silva se lembrou ainda!


P.S. E por falar em conceitos muito especiais de justiça, fica aqui, mais uma vez, um esclarecimento ao APV (admitindo que ele quer ser esclarecido daquilo que não quer ver esclarecido): quando a D.ª Carolina Salgado apareceu como «testemunha-chave» do Benfica, da Drª Maria José Morgado e do Dr. Ricardo Costa, contra o FC Porto, eu disse, de facto, que Pinto da Costa se deveria demitir de presidente do clube. Mas acrescentei a razão, que o APV deliberadamente omite: não porque, em algum momento, eu acreditasse que o seu testemunho continha o que quer que fosse de verdade, mas porque, ao conceder -lhe o estatuto que lhe concedeu no FC Porto, ele tinha misturado a sua vida pessoal com a do clube, permitindo depois que alguém desse calibre, por despeito pessoal, nos tivesse vindo enxovalhar a todos. Mas eu percebo que o APV finja não perceber a diferença: quando não se é livre nem independente, é sempre tramado topar com a liberdade e independência alheias. Fim de conversa.

VAMOS LÁ, ENTÃO, AO OUTRO CAMPEONATO (15 MARÇO 2011)

1- A maior força do Benfica no futebol português, aquilo que mais contribui para o seu poder em Portugal, não são nem os supostos seis milhões de adeptos nem o passado, já longínquo, mas indiscutivelmente «glorioso». Não: a maior força do Benfica vem-lhe da comunicação social. São os seus jornalistas militantes, que se disponibilizam infatigavelmente para alimentar as fábulas do «sistema» e das «batotas», com as quais um clube essencialmente mal governado ao longo das últimas décadas, tem tentado disfarçar internamente as razões dos seus fracassos e roubar qualquer mérito ao sucesso do FC Porto. Eles que estão sempre cooperantes para silenciar os gritantes erros de avaliação e de gestão tantas vezes cometidos na Luz e promover indecorosos cultos de personalidade de qualquer presidente benfiquista, nem sequer hesitando em promover um simples bandido, como aquele que se refugia em Londres da justiça portuguesa.

E assim, certo de poder contar com essa infalível cumplicidade da sua imprensa, o Benfica pós-Braga lançou-se naquele que é o seu outro campeonato - aquele em que, de facto, dá cartas como ninguém. Vendo o campeonato perdido para os azuis e brancos; vendo falhada nova tentativa de conseguir ganhar dois campeonatos de seguida, o que já não ocorre há 28 anos; vendo o FC Porto liderar os campeonatos de futebol, andebol, basquete e hóquei em patins (ou seja, todas modalidades profissionais que o clube pratica), ao Benfica só restava regressar ao fado do coitadinho.

Nesse cenário, os invocados incidentes em Braga, as bolas de golfe e a agressão a Rui Gomes da Silva caíram que nem sopa no mel para os interesses mediáticos do Benfica. Para que não reste qualquer dúvida - e como já o fiz com o arremesso de bolas de golfe no Dragão — é óbvio que só encontro uma classificação possível para a cena com o vice- presidente benfiquista: um acto cobarde, cometido por cobardes. Sobre isso, não pode haver qualquer dúvida, nem mas, nem hesitação alguma. E isto que penso e pensarei sempre, independentemente das insinuações do João Gabriel (que julgava ainda soterrado nos escombros do túnel) e das insinuações, em resposta, de Pinto da Costa, Mas é sintomático que umas agressões dêem tanto alarido e outras apenas silêncio.

O chefe da secção de hóquei em patins do Benfica lamentou se por terem ido jogar (e perder) ao pavilhão do FC Porto, há dez dias, e, quando chegaram, estando o pavilhão ocupado com outro jogo, terem-lhes dado a escolher entre esperar 45 minutos no autocarro ou na cabina — onde ficaram «sob pressão». Deduzi que ele se achava com direito a ter um pavilhão desocupado assim que a comitiva do Benfica chegasse. Mas o que é essa «pressão» comparada com outro jogo de hóquei na Luz, onde a equipa do FC Porto, depois de ter vencido o jogo, foi atacada em pleno autocarro do clube, à porta do estádio, por um bando de energúmenos armados de tacos de basebol guardados numa arrecadação do estádio e com tamanha selvajaria que um dos jogadores portistas ficou em coma? Lembram se de alguma reacção de repúdio, um pedido de desculpas da direcção do Benfica, então presidida por Vale e Azevedo? E desta direcção, ouviram alguma coisa quando, há ano e meio, o presidente do FC Porto foi atacado à pedrada de cima dum viaduto da A5, quando se dirigia para um jogo no Estoril — naquilo que foi, obviamente, uma operação muito bem montada e planeada e não para agredir, mas bem pior?

O ambiente à roda do futebol português vem-se degradando, à medida que os estádios se vem esvaziando e à medida que todo o ambiente no país se vem tornando cada vez mais irrespirável. E à medida também, que o FC Porto não perde a sua consistência na liderança e que o Benfica vê constantemente adiado o seu regresso aos gloriosos velhos tempos dos anos 60 e 70 do século passado.

Justamente por isso é que os dirigentes deveriam ter uma atitude, no mínimo de bom senso, e não lançar para o ar constantes insinuações e acusações não provadas, que são um incitamento ao ódio entre partes. Por exemplo: Rui Gomes da Silva (que reúne o absurdo estatuto de vice-presidente de um clube e comentador desportivo), fala sempre do FC Porto num tom de arrogância e despeito que certamente não contribui para serenar ânimos. Quando, como na infeliz entrevista que aqui deu há semanas, diz que o FC Porto só lidera graças às arbitragens, que todos os maus resultados do Benfica no início do campeonato foram obra dos árbitros, que a Académica só ganhou na Luz graças ao árbitro ele está a desprezar e a ofender o mérito, por exemplo, dos jogadores e treinador da Académica, que fizeram um notável jogo na Luz, que mereceram a vitória sem discussão e que a alcançaram com um golo fabuloso (tal como o Braga). E, quando declara, levianamente, que o FC Porto domina há décadas o futebol português graças às batotas e ao «sistema», ele está a ofender, não apenas o clube, os seus sócios e simpatizantes, mas também décadas de grandes treinadores como Bobby Robson, Carlos Alberto Silva, António Oliveira, José Mourinho, Jesualdo Ferreira, ou jogadores como Paulo Futre, Rabah Madjer, Kostadinov, Domingos, Aloísio, Drulovic, Ricardo Carvalho, Deco, Lucho, McCarthy, Jardel, Lisandro Lopez, etc, que fizeram do FC Porto por duas vezes campeão da Europa e do Mundo e deram ao futebol português as suas maiores horas de glória dos últimos trinta anos, O que ele está a dizer é que todo o talento, o esforço, o trabalho, de todos eles não valeu coisa alguma, pois que tudo o que conquistaram foi apenas fruto de batota. Acham que não estamos já fartos desses insultos, desse mau perder, desse ódio não disfarçado?

É isto, esta incapacidade de reconhecer jamais mérito a quem os consiga vencer, a constante invocação de cabalas obscuras que sempre impedem o Benfica de ganhar e retiram qualquer valor ao esforço alheio, que faz com que Luís Filipe Viera exclame, espantado, que não percebe a hostilidade da «cidade de Braga» para com o Benfica. Não percebe? E, quando vem falar dos jagunços do Estádio Axa, não percebe que está a falar da mesma gente que, para efeitos de túnel, na Luz são chamados de agentes desportivos?

Esta paranóia da eterna suspeita sobre tudo aquilo que contrarie as legítimas aspirações dos benfiquistas à vitória, leva a coisas tão absurdas como vermos Bagão Félix (um ex-ministro da nação!) a declarar que é estranho que uma equipe de arbitragem tenha aceite ir a Braga, depois de outras quatro o terem recusado. Veja-se a inversão da lógica das coisas: ele não estranha nem se preocupa que haja quatro árbitros que se recusaram a arbitrar o Benfica (qualquer dia serão todos, porque, se não arbitram como o Benfica entende que deve ser, tornam-se logo suspeitos de corrupção). Não, o que ele estranha, sim, é que tenha havido um árbitro que tenha aceite ir a Braga!



2- Já não via o Trio de Ataque desde que Rui Moreira se cansou de aturar as encomendas do António Pedro Vasconcelos e resolveu ir-se embora em directo, assim honrando o programa. Na semana passada, vi-o e não dei o tempo por mal empregue. Primeiro que tudo, a repetição das imagens permitiu-me corrigir uma opinião aqui formulada, a propósito do celebre lance em que Javi Garcia é expulso e é assinalado um livre contra o Benfica - que Carlos Xistra, segundo rezam as crónicas, converteu no primeiro golo do Braga. Confirmei que o livre foi mal assinalado, mas que o Javi Garcia agrediu mesmo o Alan: puxou o braço esquerdo atrás e deu-lhe um bofetão na cara, naquilo que o APV classificou como «um gesto de equilíbrio», e que, para melhor esclarecimento, lamentou não poder ser analisado por um «especialista em aerodinâmica». Depois, vi o APV apresentar, como top da semana, um texto do Santiago Segurola, onde o que ele logo promoveu a «um dos mais prestigiados jornalistas espanhóis» dizia que o Porto e a Juventus compravam jogos. Porém, e graças à atenção do Miguel Guedes, ficámos a saber que aquele era mais um dos truques encomendados ao APV — como aquele de apresentar um regulamento disciplinar da Liga para justificar o escândalo do túnel, que, afinal, era reescrito pelo Benfica. Também o texto do Segurola (que nada sabia do assunto e se tinha limitado a ler os takes das agências), era datado de 2008 - quando a campanha mediática do Benfica e do Dr. Costa, do CD da Liga, quase conseguiam convencer a Europa de que a Carolina Salgado era uma escritora prestigiada e uma testemunha acima de qualquer suspeita e os 17 pontos de avanço sobre o Benfica com que o Porto tinha terminado o campeonato eram resultado da viagem ao Brasil de um tal Calheiros, nos idos de 90. A seguir, vi o APV meter a viola ao saco relativamente ao suposto golo mal anulado ao Benfica que, como se demonstrou pelas imagens, nem foi golo anulado nem foi off-side mal assinalado. Idem, quanto às dúvidas que ele levantou sobre a legalidade do primeiro golo do Porto ao Guimarães, e que se revelaram apenas ridículas: Viola, 0-Saco, 2. E ainda tive ocasião de soltar uma genuína gargalhada de gozo e tristeza quando ouvi o APV lamentar-se de que não houvesse gente «isenta», como ele, a analisar estas coisas. Não há dúvida: o Benfica tem muitos e prestimosos defensores na comunicação social. Porém, infelizmente para o Benfica, eles não o defendem, só o prejudicam.

3- Quanto ao resto, quanto ao futebol propriamente dito, ganhámos em Moscovo, numa relva sintética e com dez graus negativos - como já havíamos ganho na pista de ski de Viena ou no lamaçal impróprio de Coimbra, onde o árbitro esperou e confiou que baqueássemos. Nada feito: em seis jogos fora para a Europa, seis vitórias. E ganhámos categoricamente em Leiria, para a Liga, apesar de outro relvado impraticável, outra arbitragem prejudicial e outra equipe que, sem nada a perder e fisicamente repousada, não quis jogar, só defender. E mais uma vez graças a Guarin - que, juntamente com Helton é das maiores transformações a que já assisti. Onze jogos fora, nove vitórias, dois empates. É o «sistema». Bendito sistema, que tantas alegrias me dás!